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Motores ficarão mais eficientes

29-03-2009 00:30

 

A intensa concorrência entre os fabricantes japoneses de automóveis para reduzir o grau de contaminação ambiental de seus veículos dá lugar a uma regulamentação ecológica cada vez mais rigorosa dentro do Japão.

As tecnologias utilizadas pelos três principais fabricantes, Toyota, Nissan e Honda, incluem híbridos de gasolina e eletricidade, motores mistos que aceitam etanol e propulsores melhorados que aumentam a quilometragem por cada litro de combustível consumido.

Apesar da Toyota ter sido a pioneira na fabricação em série de veículos híbridos com o Prius, sua proposta de combinar motores de eletricidade com propulsores de gasolina não conseguiu se impor como a única, sendo seguida só pela Honda.

Nissan, por sua vez, se limitou a comprar a tecnologia de Toyota para seus primeiros híbridos, até que este ano anunciou o desenvolvimento de seu próprio veículo de propulsão mista como parte do programa ecológico NGP 2010 (Nissan Green Program 2010).

Japão foi a sede do primeiro acordo ecológico mundial, o Protocolo de Kyoto, que em 1997 estabeleceu objetivos numéricos para reduzir a contaminação e proporcionou um comércio entre os países industrializados que começaram a comprar de governos em desenvolvimento seus direitos de emissão de dióxido de carbono.

No caso do Japão, as emissões contaminantes deverão reduzir 6% dos níveis de 1990 entre 2008 e 2012, uma meta que intensificou a demanda de direitos de contaminação especial em especial entre as empresas japonesas energéticas e siderúrgicas.

Entre janeiro de 2005 e março de 2006, o Japão foi o principal comprador mundial de emissões que causam o efeito estufa, com 38% do total, segundo uma estatística do Banco Mundial na qual China figura como a maior vendedora, oferecendo cerca de 66% dos direitos de contaminação no mundo.

No setor automobilístico, os rápidos avanços nas tecnologias favoráveis ao meio ambiente, incentivam o governo japonês a preparar normas que se aproximem das metas concordadas em Kyoto.

Em 1999, o Japão estabeleceu uma lei para o rendimento dos veículos que pedia para aumentar até 2010 em 23% os números de quilômetros percorridos em 1995.

Tal objetivo foi superado com tecnologias como o motor híbrido e segundo analistas do setor, as normas estão cada vez mais rigorosas.

Uma lei que começará a ser aplicada em 2007 propõe conseguir um rendimento de 22,5 quilômetros por litro em carros leves, de 600 quilos ou menos, e de 7,4 quilômetros por litro em veículos com mais de 2.271 quilos de peso.

Os automóveis vendidos dentro ou fora do Japão em 2004 oferecem um rendimento de 13,6 quilômetros por litro consumido e dentro desse panorama destaca o objetivo do programa NGP 2010 da Nissan que sugere desenvolver motores avançados de injeção e turbo de última geração a fim de reduzir o consumo e as emissões de dióxido de carbono para cerca de 20% até 2010.

Recorrendo a uma transmissão variável contínua (CTV) a Nissan espera também desenvolver um veículo capaz de percorrer 100 quilômetros com apenas 3 litros de gasolina, uma proeza que daria lugar ao veículo de maior rendimento no mundo.

Os avanços tecnológicos, no entanto, acontecem em meio a uma forte pressão para os fabricantes japoneses automobilísticos em seu mercado interno que prevê reduções de 2,4% nas vendas em 2007, o menor nível em 30 anos

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